Tartarugas Até Lá Embaixo | John Green



John Green lançou mais uma rede e pegou milhares de peixinhos ansiosos pelo seu próximo trabalho, e é claro que não resultou em
nada menos que um belo de um banquete!

Tartarugas Até Lá Embaixo" agrada em todos os quesitos de avaliação, desde a capa e o trabalho da editora, até a qualidade do papel que carrega as frases totalmente sublinháveis do nosso querido e amado John. O livro publicado pela editora Intrínseca é confortável de segurar, levando em conta seu tamanho de 22x15 centímetros, sendo cabível em até uma bolsinha de mão. Quer melhor que isso, @? Então se prepara porque lá vai! 

O nome dela carrega a grandeza e abrangência de todo o alfabeto, percorrendo de A até Z e fazendo todo o percurso de volta, assim como seus pensamentos turbulentos. 
A obra conta a trajetória de Aza Holmes por uma jornada intrigante: a tal da vida. 
Aza acredita fielmente ser fictícia, sendo controlada por forças maiores e tão complexas que ela não sabe nem por onde começar a identificá-las. 

"Por que elas controlam tudo inclusive o meu horário de almoço?" 
"Por que ninguém questiona isso?"
"Quem controla essas forças controladoras?" 

Como eu disse: complexo demais. A única coisa clara desse emaranhado de perguntas é que a vida definitivamente não é uma história contada por nós, mas uma história que nos contam e adivinha: não temos qualquer sinal de controle sobre isso. Muitas vezes não somos os protagonistas de nossa própria realidade fictícia. já pensou viver assim? Pois Aza vive, e mal aguenta.  

A protagonista representa vários pensamentos do autor, que também sofre com o TOC e se deparou várias vezes em uma espiral de pensamentos sem fim, que se tornavam parte dele, da forma dele, o apertando e espremendo até pingar a última gota de sanidade por um certo momento. 

Os seis anos de preparo do livro pagaram sua dívida, pois a história está impecável! Em vinte e três capítulos, John conta a jornada de duas melhores amigas em busca de uma recompensa de 100 mil dólares, e o que elas encontram vale mais do que qualquer dinheiro possa pagar: amor, resiliência, companheirismo, autocompreensão e maturidade, cinco itens que podem vir a calhar quando se tem dezesseis anos, um transtorno compulsivo, e uma dificuldade imensa de manter a boca fechada, assim como a nossa personagem principal e sua fiel escudeira Daisy. 

Em busca de uma grana extra para ajudar nas despesas da faculdade, Daisy descobre uma recompensa generosa para quem souber onde o magnata Russell Pickett está escondido, uma vez que o bilionário estava sendo caçado por corrupções e propina. Acontece que o filho do corrupto, Davis Pickett, era um amigo de infância de Aza, o qual a compreendia desde pequena e para a surpresa da personagem, o único que olhava para cima e enxergava o mesmo céu que ela. Daisy então decide arrastar a amiga - que não estava muito ansiosa para bancar a detetive - a ir procurar pistas sobre o paradeiro do ricaço, com o seu filho riquinho. 

Os romances desenvolvidos ao longo da história cumprem o trabalho de arrancar suspiros, caretas de indignação e ainda deixam o leitor com o riso frouxo, além de vulnerabilizar nossa forma de pensar sobre determinados assuntos. Green, como de costume, fez um trabalho esplêndido com o jogo de palavras e garante uma quebra de tudo aquilo que costumamos julgar pelo estereótipo. Com certeza uma obra que vale a pena conferir. 

O desenrolar da trama pode ser caracterizado como a mistura de pensamentos incontroláveis de Aza, junto com ensinamentos sobre perdas, autoconhecimento e muito, mas muito álcool em gel. 

O livro conclui nos mostrando o crescimento e maturidade da protagonista, que nos ensina que somos um quadro grande em demasia para se encaixar em qualquer moldura, uma obra de arte inconsistente e pincelada com metamorfose que não precisa seguir um padrão de formato, pois nós escolhemos nossas bordas. 

[...]

"Somos tanto o fogo quanto a água que o extingue. Somos o narrador, o protagonista e o coadjuvante. O contador da história e a história em si. Somos alguma coisa de alguém, mas também o nosso eu". 

E aí, algum pensamento a ser compartilhado conosco? Deixe aqui nos comentários! Estamos sempre dispostas a ler, responder, concordar ou discordar com vocês, portanto se sintam encorajados 





10 comentários

  1. Oie,

    Só li "A Culpa é das Estrela" do John, mas quero muito ler outras obras dele.

    Abraços...

    https://submundosliterarios.blogspot.com.br/

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    1. Alooooo.
      Vai sem medo, Michael! Os trabalhos do autor são incríveis!
      Abração de nós duas.

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  2. Oi Carol,
    Já comecei a seguir aqui, amei seu cantinho. Parabéns!
    E quanto a resenha... AH, como eu amei esse livro.
    Foi tão reflexivo, John Green me surpreendeu, porque ele manteve o nível de A Culpa das Estrelas. Coisa que eu não vi nos outros livros dele como 'Cidades de Papel' e 'Quem é você, Alasca?'.
    Beeeeijos
    http://estante-da-ale.blogspot.com.br/

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    1. Oi, Ale!
      Obrigada por curtir nosso cantinho, nos dedicamos muito a isso <3
      Também amamos o livro! Green se superou, viu! Não sei como!
      Beijão de nós duas!

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  3. Oi Carol e Isabelli,
    Eu só li A Culpa é das Estrelas do autor, mas estou com Tartarugas Até Lá Embaixo emprestado para ler. Só tenho ouvido elogios à história de John Green. Gostei muito da resenha.
    Beijos,
    André | Garotos Perdidos

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    1. Alo, alo! A Culpa é das Estrelas é incrível, mas acho que prefiro os pensamentos loucos da Aza Holmes...só lendo pra saber hahaha.
      E que bom que gostou da resenha, ficamos muito felizes!
      Beijão de nós duas!

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  4. Oi Carol e Isabelli! Venho aqui parabenizá-las pelo blog e desejar boas vindas a vocês!
    Eu já tinha ouvido falar do livro, mas não sabia sobre o que se tratava, agora que sei, mal posso esperar para ler o livro, apesar de não ser muito fã dos livros do autor. Espero me surpreender desta vez! Um beijo para vocês duas <3

    https://sonhoinverossimil.blogspot.com.br/

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    1. Fala, Babi! Agradecemos a gentileza, mocinha!
      Sou um pouco suspeita para falar das obras do Green, as frases de impacto dele são definitivamente meu calcanhar de Aquiles, e acredito que O Teorema Katherine foi a única trama que me desinteressou, mas de resto, sangue de Jesus tem poder! Esse último livro do autor foi uma jogada de mestre, viu. Nada parecido com os outros, mas de alguma maneira é tão incrível quanto! Não vale nem a pena conferir, vale o galinheiro inteiro! Beijão nosso procê <3

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  5. Oi, tudo bem?

    Primeira vez que venho aqui e já estou apaixonada, lindo layout, linda resenha, lindo livro.
    Assim, ainda não li esse livro em questão porém quero muitooo ler, já li outras obras do autor, adoro os livros do Green, espero que este seja tão bom quanto os outros que li.
    Menina que resenha é essa, muito bem feita, tem muitos aspectos diferentes nela cujo não vi em nenhum outro blog por aí.

    Sucesso!

    wwww.paginasamais.com

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  6. Estamos melhor agora depois desse comentário show de bola!
    Obrigada pelo carinho e pelos elogios, Lorena! Esperamos te ver mais vezes por aqui batendo um papo com a gente.
    Beijão de nós duas!

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Agradecemos a visita e o carinho <3

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